Criei o blog com a intenção de compartilhar minhas histórias e meu amor pelas artes. Quando digo "artes", penso em cinema, teatro e literatura, pois elas são as que mais me afetam atualmente. A música saiu do meu cotidiano, não sei o porquê. Pode ter sido a pandemia, e sinto muito. Ao mesmo tempo, quis também trazer lembranças do meu perfil no Instagram. Aqui ficam mais seguras e bem pensadas, já que escrevo através de um computador e é um blog.
Acho chique. Acompanhei blogs sobre livros, música e séries na minha infância e pré-adolescência. Fui perdendo o costume com o tempo, mas decidi (e precisava) voltar, mas gora de outro jeito. Quis voltar escevendo.
Com esse retorno, apresento para vocês uma foto muito importante para mim. Moro numa cidade distante da capital e sempre quis conhecer o Cine Brasília. Fui assistir, pela primeira vez, o filme Bacurau, dirigido por Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Experiência coletiva mas também solitária. Estava sem ninguém me acompanhando. Parecia uma pessoa estranha no ninho. Porém, no dia 15 de janeiro de 2020, fiz questão de levar meu irmão, fiel escudeiro. Assistimos Parasita, filme avassalador de Bong Joon-ho, e insisti para ver também O Farol. Que tarde e noite absurdas de maravilhosas. Estávamos com os pés moídos de tanto andar. Peço publicamente desculpas para meu irmão, que aguentou e até hoje suporta essa criatura que vos escreve. Sinto saudade disso tudo. Saudade de andar e descobrir olhares e espaços inesperados. Saudade de um cinema.
Já que não há perspectiva de volta desses passeios, aqui está a foto. Uma lembrança comovente da fila da bilheteria.
